Monday, March 26, 2007

Sob os Candeeiros

Parque, cercado por prédios, iluminado por candeeiros eléctricos.

Observa, aparece.
O caminho e as luzes.
Vermes eloquentes,
Banidos pela claridade.

Fadas etéreas
Fundidas com metal,
Incandescência deslumbrante
Ignorada pelos iluminados
Cercados por betão.

Os iluminófilos,
Esses, sedentos por calor,
Acompanham-se de escadas
Limitadas por natureza,
Frágeis e Icarianas,
Fundidas em condescendência.


6:00 A.M. 25/03/2007

Thursday, January 25, 2007

...por aquilo que nunca saberemos.

Falta um pouco de maturidade, sanidade e serenidade.

A ambição, a de querer responder a questões que muito provavelmente nunca ninguém o irá conseguir fazer com total conhecimento de causa, essa não me perturba, apenas chateia.

No entanto incomoda-me ter a noção de que o mais certo é toda a humanidade persistir, procriar e, também, provavelmente, declinar sem nunca ser capaz de dar resposta a essas mesmas questões.

Pode ser que não tenham mesmo resposta. Pode ser que sejam apenas mais um dos caprichos da mente humana, mais um daqueles que nos dão uma certa vantagem evolutiva e nos fazem prosperar (esperemos que não extinguir) como espécie.

O que é facto é que temos conseguido, de maneira mais ou menos barbara, criar coisas, crianças (também fazê-las crescer, convém), até mesmo alcançar algum conhecimento mais nobre ou expressar alguns sentimentos mais sublimes, continuando sem dar resposta a tais questões que tantos filósofos levantaram. Às vezes sou tentado a pensar que tudo isto é uma questão de “juventude”, pois a sociedade geral (predominantemente adulta, digo eu...) não parece de facto minimamente interessada em responder ao que tenho vindo a falar, e já agora, que tais filósofos são apenas uma minoria presa a devaneios (infantis, se quisermos continuar em tal maré).

Mas como tenho dito, a vida prática da sociedade não parece ser minimamente perturbada pela ignorância, e se calhar não deveria também eu o ser. (Calma, eu tinha dito que não estava perturbado... chutemos então a coerência p’rás ortigas!) Isto de viver à espera de conseguir miraculosamente encontrar algures uma Resposta não parece muito viável a longo prazo... Mas adiemos então por mais um pouco uma viragem no paradigma de comportamento e tenhamos mais um pouco de esperança. Afinal sempre podemos pensar sobre o Amor, sempre é alguma coisa. No entanto não nos podemos esquecer de considerar a possibilidade de Ele só existir porque nos faz ter criancinhas (não se esqueçam da vantagem evolutiva que isso representa!).


Despeço-me, vou estudar para depois conseguir criar coisas, com sorte algum conhecimento mais nobre ou melhorar a capacidade de exprimir sentimentos, escolha-se uma das opções consoante aquilo que estude.


Beijos e abraços (os respectivos aos destinatários socialmente impostos).

P.S.- Pode-se ler “crianças” com um significado mais perto de “família”, mas por leviandade adoptou-se o primeiro termo. Perdoem-me mas não tenho cabeça nem tempo para reler isto tudo...

Tuesday, October 10, 2006

Theo Jansen - "Kinetic Sculpture"



Anúncio produzido pela agência Ireland/Davenport da África do Sul para a BMW, com esculturas de Theo Jansen.

P.S.- um obrigado aos FísicosLX pela divulgação do video.

bullshit

Palavras embebidas em retórica, pretensiosas no sentido cuja sua própria estética abandonou. Pronuncios ambiciosos por genuinidade, tentando cobrir com neblina o vazio que por trás deles se esconde.
Como pode a linguagem criar a ilusão de beleza em sentimentos tão insípidos, mas ao mesmo tempo ser tão insuficiente para sentimentos tão genuínos.
Por todo o lado presenciei este abuso estético, esta retórica pretensiosa por um sentido sublime inexistente na fonte da sua verbalização.

P.S.- Ou simplesmente: “odeio frases feitas e coisas ditas da boca p’ra fora” =P

Thursday, September 21, 2006

Algo mais...

Sons embebidos na escuridão da minha sala, atingem-me de forma a despertarem emoções que são indefinidas, em tudo como as certezas que por momentos julgamos ter.

Sons que ganharam um respeito e um apreço especiais, pois de alguma forma significam mais do que meras palavras tentando transpor as barreiras de uma linguagem que insiste em ser insuficiente para partilhar tudo o que vai dentro de nós. Significam mais do que meras melodias que nos preenchem os sentidos nas alturas em que o silencio nos incomoda. Significam mais do que um mero obie ou profissão. De alguma forma parecem ser imortais e de certo modo pertencem a um mudo imaterial, tal como o nosso sistema nervoso cria algo como a nossa mente, os instrumentos gravados naquele CD criam uma entidade muito além das ondas sonoras traduzidas pela aparelhagem, concretizam ideias e inovações, sentimentos e imagens.




P.S.-O concerto de Paatos no Santiago D’Alquimista merece uma referência aqui neste blog. Foi uma experiência memorável, preenchendo as expectativas reservadas a essa noite. Essa experiência era algo que queria ter vivido convosco, sei que seria algo que cada uma sentiria de sua forma, todas elas louváveis.

Sunday, July 30, 2006

4:13 AM

Quatro da manha e ainda acordado. O infatigável relógio, as paredes escurecidas, o ecrã luminescente e tudo o resto que me rodeia, quase que absurdamente, trazem-me à mente a mesma imagem, o mesmo conceito, o mesmo sentimento, aquele que é escusado ser nomeado, pois seu nome pura e simplesmente é redutor, minguante, e de tanto uso, quase que soa consporcado.

Várias são as vezes que tal termo me surge na consciência, várias são as vezes que eu o considero inadequado. Tal capacidade de catalogação inerte na raça humana é embrutecedora. É como que decrever o gosto de uma refeição dizendo apenas se é doce, azeda, salgada ou amarga, ignorando toda a textura e aroma nela presente. É como que conduzir um julgamento tendo em conta apenas a etnia do acusado, ignorando por completo todo o contexto e toda a diversidade de provas e contraprovas apresentadas. É como que sentir uma música apenas pelas rimas nela prensentes e não prestar atenção a todas as linhas melódicas e rítmicas que a enriquecem.

Todo este conceito é muito mais do que o termo a ele subjacente. Até porque o termo pode não ter sempre o mesmo significado associado, e de modo algum apresentará sempre os mesmos contornos.

Tudo isto não passa de meras ideias confusas que me surgem juntamente com memórias que, de alguma forma, soam incoerentes, pois insistem em não revelar o que por trás delas se passa.

P.S.- Além disto, quero que precebas a necessidade de tal acto, não que sintas qualquer género de culpa ou arrependimento. Apenas quero que o consideres correcto, esquecendo por momentos essa admirável necessidade de autonomia e esse zelo pela comodidade dos que te rodeiam.

Friday, July 07, 2006

Que gênio-louco é você?





Faça você também
Que gênio-louco é você?

Uma criação de
O Mundo Insano da Abyssinia



lol... é giro exprimentem :P

Tuesday, June 27, 2006

Inconstante

Um sentimento inabalado pela falta de esperança. Uma felicidade desprezada em nome de uma busca por sinceridade.
Consumido pelo desconforto da impossibilidade de te ter perto, sinto uma incapacidade em clarificar os meus pensamentos.
O que te vai na mente inquieta-me, todas as tuas preocupações alimentam um subconsciente que insiste em trazer ao pensamento a constante duvida de um futuro incerto.
A fadiga e o cansaço incitam ao abandono de toda esta inquietude, mas a necessidade de um caminho que me guie faz com que não desista da genuinidade deste sentimento.

Saturday, June 03, 2006

Ao atravessar o portão...

Porque o gosto do café não foi suficiente para me satisfazer a curiosidade sobre o que te ia na mente.

Porque aquele seria o momento que te desligaria dos que o tinham imediatamente precedido, ou pelo menos assim o pensaste...

Porque quem olha para trás é porque ou algo procura ou algo duvida...

Porque, embora breve, a procura ou a dúvida existiram, tal como a vivência de algo inesperado, tal como o sentimento de algo desconhecido, tal como o questionamento de algo pressupostamente assente...

Porque algo ocupou a tua mente naquele momento tal como nos momentos antecessores.

Porque o ritmo do teu reticente andar ter-te-ia conduzido ali mais cedo não fosse algo te ter retido dentro de um perímetro que nos é desconhecido.

Porque todas as minhas incoerentes especulações não me levam a lado algum.

P.S.- deixaste a tua água ao lado do monitor... está meio vazia... revejo-me nela...
Os transístores ficam para a próxima... também não foram eles que me trouxeram cá...

Sunday, May 28, 2006

É tarde

É tarde, volto-me a sentar no mesmo sitio de sempre para ver se as palavras escorrem em concordância com o meu sentimento. Foram inúmeras as vezes que tal esforço fora inglório, mas a esperança de alcançar algo clarificante leva-me a tentá-lo outra vez.

É tarde... o sono e o cansaço actuam de forma estranha sobre os meus pensamentos. Relembro-me de momentos em que, estando ao pé de ti, cobardemente reprimi impulsos que me levariam para o desconhecido. Mesmo sabendo que aquele desconhecido era tudo o que procurava, nesse preciso momento algo instintivo impedia-me de me aproximar.

Esse instinto que nos leva a manter aquela tola distância social, o mesmo instinto que nos leva a não arriscar demasiado e que de certa forma permitiu que a raça humana chegasse onde chegou, neste momento parece-me absurdo...

Ainda espero por um momento em que um rasgo de insanidade, ou um simples vislumbre de receptividade, me leve a tentar aquilo que não tenho tido confiança para tentar.

Atento por uma quebra na realidade, que permita que a distância entre duas consciências se reduza ao infinitésimo, na tentativa de se tornarem uma só...

Saturday, May 13, 2006

"Weak and Powerless"

A notoriedade da sua discreta presença
e a unicidade da sua comum expressão...
A simplicidade da sua sublime descontracção
e o despojo da sua calorosa empatia,
inspiram e encaminham.

Mas a certeza da sua aparente indiferença
e o peso da sua imaterial ausência...
A incoerência da sua contextual reacção
e o sonho da sua real condição,
desconcertam e comprometem.


Foram algumas palavras que escrevi há pouco tempo, mas agora talvez digam mais do que dantes... É estranho como o ser humano tem uma predisposição para esconder (até certo ponto) os seus sentimentos... Talvez seja porque sentimentos sejam bichos estranhos, nos quais o pessoal não pode ter grandes confias...
abraço para todos e não se preocupem com as nossas fraquezas naturais, lol ;)

P.S.- o titulo é uma referencia a uma música de A Perfect Circle com o mesmo nome
(se o Heimdal sabe disto apanha um profundo desgosto), mas o que é facto é que eu gosto bastante e aconselho aos interessados os dois primeiros álbuns da Banda ("Mer de Noms" e "Thirteenth Step"(o terceiro ainda não me seduz :\)

Saturday, May 06, 2006

Estou cansado.

Estou cansado.
Em frente a um ecrã, a minha consciência apercebe-se de um universo de informações, mas nenhuma delas dá um rumo aos meus sentimentos.
Procuro desesperadamente por algo que me guie, alguma luz no interior do meu ser que dê um significado sustentável à vida que inexplicavelmente infecta todas as minhas entranhas.

As persianas estão corridas numa tentativa de adaptar a claridade do meu espaço com a luminosidade da minha mente. No meu estado de inconsciência procuro por música que se coadune de alguma forma com aquilo que sinto. Sento-me e escrevo.

Existiram momentos de revelação, em que toda a existência parecia naquele instante fazer sentido. Existiram períodos de conforto e conformismo que levaram os nossos pensamentos para dimensões diferentes daquela em que se encontra neste instante toda a minha preocupação. Mas o conformismo não inspirou, nem as revelações perduraram tempo suficiente para o inspirar, algum objectivo o qual eu possa adjectivar de Absoluto. Um objectivo que eu pudesse dizer que era meu e não de outro alguém. Um objectivo que perdurasse para além do futuro planeado.

Sempre tentei manter um discurso coerente ao longo dos últimos anos, no entanto repetidamente tenho falhado em tal ponto. A minha personalidade colide constantemente com certos pontos fulcrais das minhas opiniões “politico-ético-existencialistas”. De certa forma isso leva-me a duvidar de certas atitudes ou escolhas que tomo.

Não queria novamente vir a duvidar das minhas escolhas, não queria que me faltasse novamente a força ou a coragem para tomar a decisão correcta. Não sei se o que com que me confronto neste momento é a incapacidade de discernir o que é a decisão “correcta” ou o medo de a descobrir.

Vou abandonar as palavras e tentar encontrar nas notas de uma guitarra uma melhor forma de exprimir aquilo que me vai na alma, provavelmente o esforço será inglório, mas hei de sempre o tentar.


P.S.- Se alguém ler isto, não se preocupe, não estou deprimido, apenas preocupado!:P ;)

Sunday, April 23, 2006

Já nada é constante (...)


"Já nada é constante, nada é certo.
A memória prevalece sobre qualquer oportunidade de viver algo novo.
Valeu a pena? Certamente.
A experiência é o valor da vida.
Quanto mais intensa, maior a sua importância."

Sunday, April 17, 2005

The Doors (opinanço à pala de " " )

A noite passada resolvi pôr-me a ouvir «The Doors». Surgiu em mim uma certa necessidade de conhecer melhor a obra de uma banda tão controversa como eles foram.
A coisa não foi propriamente ligeira... ouvi por volta de uns seis ou sete álbuns seguidos, alguns ao vivo, outros de estúdio. Faixas míticas como “Break On Through (To The Other Side)”, “Riders On The Storm” ou “Light My Fire” despertam logo reconhecimento por parte de qualquer um. E assim passei umas horitas agradáveis em frente ao PC, dando de vez em quando um saltito à homepage da banda.
Uma coisa agora é certa, quando me perguntarem “gostas de «The Doors»?” eu já posso responder convictamente que sim ou que não! Sim porque eu odeio opinar sobre coisas que desconheço completamente e se tenho uma opinião, gosto de ter fundamentos e argumentos para a sustentar. Um cenário que é muitas vezes citado pelo Heimdal é o do típico diálogo: pessoa X pergunta a Y “ah curtes da banda tal?”, a qual responde “Ya! Curto mesmo bué!”, pessoa X riposta “Pah eu acho uma merda!”, intimidada a pessoa Y diz “Ya....... diga-se .... o guitarrista não vale nada....” Quer dizer... quando uma pessoa tem uma opinião deve defende-la, não é? Não devemos gostar de uma banda ou estilo de música (ou qualquer que seja o assunto) só porque passa na MTV ou porque o pessoal que conhecemos aprova, considero incorrecto tentar demosntrar conhecimentos que não possuímos acerca de determinados assuntos mesmo que seja pelo propósito de nos inserirmos em certo grupo ou de nos relacionarmos com certa pessoa. Estas atitudes não são de todo raras, eu estou para aqui com este discurso moralista sem ser propriamente alguma autoridade no assunto (afinal quem é que se pode afirmar mesmo uma autoridade moral???), mas penso que posso exprimir a minha opinião e esperar que vocês me dêem a vossa.
Quanto a «The Doors» a minha opinião é muito positiva, todos nós conhecemos os clássicos, mas o restante para quem gosta de cenas na onda de Blues, Rock'nRoll, com as suas pareçensas realtivas à época a Led Zeplin e Pink Floyd no período mais “psicadélico” suponho que também vá gostar desta banda.


"There's a killer on the road"





P.S – Ficam ainda algumas fotos do “ganda” concerto de Judas Priest =D




E parabéns Alex pela excelente prestação ao vivo in Pavilhão Atlântico, grandas Alcateia!


Monday, March 21, 2005

In Absentia

Faz já mais de um mês que eu não escrevia aqui no blog. A razão para tal ausência é difícil de explicar... talvez porque eu tenha alguma dificuldade em expressar e partilhar certo tipo de assuntos que por sinal ocuparam os meus pensamentos durante este período. Mas hoje senti-me de diferente modo, senti que tinha algo a partilhar, neste momento ainda não sei ao certo o quê, mas sinto que posso transmitir algo que possa adquirir algum significado para quem me lê.

Não faz o meu género escrever sobre o nada, abusar da retórica e exceder-me em assuntos já sobre explorados. Esforço-me por mostrar algo novo ou algo que simplesmente faça parte de mim. Vêm-me agora à memória momentos em que discuti hipotéticos cenários de formar uma banda com o Heimdal, eu queria algo que de certa forma inovasse e que fosse diferente do que já existia, por outro lado o Heimdal não tinha tal necessidade, argumentava que a tal inovação não era assim tão necessária e que se podia fazer algo que se sobressaísse dentro dos estilos já existentes. Talvez seja um grande defeito meu querer ser/fazer mais do que as minhas capacidades (sim porque eu sei relativamente pouquíssimo de música para formar uma banda qualquer de um género progressivo :P), mas em relação a certos campos de certa forma “não consigo evitá-lo”.

Um dia alguém fez-me uma observação a dizer que achava que eu era alguém “com os pés bem assentes na terra”, humilde e sem ambições demasiado altas. Estava profundamente enganado... Talvez seja esta a impressão que eu deixo às pessoas com quem me relaciono menos, ou mantenho uma maior distância, mas penso que as pessoas com que eu me dou mais no dia a dia e me conhecem melhor denotam em mim esta tal ambição, esta vontade de marcar a diferença em algum campo especifico e simplesmente não me contentar com algo banal e comum. Talvez seja aqui que resida a minha dificuldade em decidir-me por um caminho universitário a seguir, um caminho que me dê gozo seguir e no qual eu me sinta capaz de fazer algo de contributivo para tal área.

Bem, como referi no inicio do post tenho atravessado um período diferente ultimamente, não sei bem caracterizá-lo, talvez porque seja a primeira vez que passo por algo do género, não é falta de ocupação, nem algum tipo de depressão manhosa (lol :P). Talvez este estado seja derivado ao abalo que auto-impus às “verdades” que de certa forma regiam a minha pessoa, as minhas convicções e consequentemente atitudes interiores (espero que isto não esteja a soar a uma grande “Bullshit”, mas não consigo descrevê-lo de outra forma :P). Exactamente há um ano atrás eu tinha um “objectivo” concreto, algo que me regia e me levava a primar por aquilo que sentia prioritariamente àquilo em que reflectia. Actualmente talvez esteja num período de transição e não saiba por que optar... Analisando agora bem o caso, de facto a importância relativa que dou a cada parte do tal binómio sentir/pensar varia ao longo do tempo (lol... posso quase dizer que tais períodos se intercalam de 2 em 2 ~ 4 em 4 meses :P:P:P). Mas diga-se que sou jovem e não é suposto eu ter já uma ideia concreta de como devo reger a minha vida (talvez todos nós continuemos na juventude até ao dia em que morremos...;)), portanto é saudável tais transições suponho...

Espero então que tenha conseguido transmitir-vos algo de significativo sobre ambição, sobre ética, sobre mim... Despeço-me com as minhas desculpas por tão prologada ausência da blogosfera. Beijos e abraços ;)

P.S.- o titúlo é o nome de um album de Porcupine Tree... não liguem muito... simplesmente foi por avistar o tal album que me decici a fazer o pst :P (granda albúm, como já referi minlhentas vezes :P:P)

Thursday, February 17, 2005

Parabéns Heimdal!

18 anitos! hem;)? Já votamos para as autárquicas? Depois Havemos de ir à mulherzita da bomba de gasolina...lol.
Amanhã jantarada não é?...

Era só mesmo para assinalar a data aqui no Blog hehe ^_^...

Friday, February 04, 2005

"Venice Twilight"

Estou completamente fascinado com o meu novo fundo de ecrã e não consegui de deixar de partilhar tal admiração convosco...

É uma pintura de Monet intitulada "Venice Twilight", movimento impressionista, que, no que diz respeito à pintura, é dos meus movimentos predilectos.

(se estiverem interessados numa imagem com melhor definição, sigam o link: http://emmidgard.no.sapo.pt/Tramonto%20a%20Venezia.jpg)

O próprio conceito do Impressionismo considero ser fascinante: a expressão da percepção do artista sobre a realidade; é como partilhar a própria intimidade, a própria mente... se calhar exagero, mas há que dar um desconto... afinal estou completamente "marabilhado"! ^_^

P.S.- O blog já tem um mês! E considero que o balanço é positivo :). A experiência tem-me agradado bastante a mim e ao Heimdal. Tivemos mais de 700 clics, temos uns poucos comentadores assíduos ;) (brigado pela vossa atenção) e alguns outros visitantes que preferiram ficar sem dar opinião (podiam dar! :P assim não temos bem a noção de para quem estamos a escrever [para além de para nós próprios!]) de qualquer modo brigado a todos pela vossa frequência :)

Tuesday, February 01, 2005

Opinião de Diogo Freitas do Amaral

Venho apenas aconselhar o artigo escrito por Freitas do Amaral para a revista «Visão» a 27 de jan. de 2005, como, de resto, já o foi feito n'O Blog dos Putos.
Quero apenas salientar a seguinte citação de intresse universal:

"Em primeiro lugar, é preciso ir votar. A abstenção, o voto em branco ou o voto nulo são renúncias à cidadania. Quem não fizer agora uma escolha política, demite-se de contribuir para a orientação geral da vida colectiva. Passa de cidadão activo a cidadão passivo. E não poderá queixar-se de nada do que porventura acontecer de negativo nos próximos quatro anos na política portuguesa."


O artigo está disponivelna totalidade em VISAOONLINE e está em total acordo com as minhas opiniões políticas no que diz respeito às eleições do próximo dia 20 de Feveriero. (infelizmente estou uns diazitos atrazado para poder votar :P)

Monday, January 31, 2005

"Rock'n'Roll Ain't Noise Pollution"

Há uns tempos li um blog que tinha um artigo sobre poluição sonora em Lisboa, infelizmente já não me lembro qual o domínio da página. Na altura não dei muita importância ao assunto, mas ele indicava bem o tipo de problemas na cidade, que ia desde o revestimento das infra-estruturas que reflectiam o som em vez de o absorver, à falta de sítios calmos em que se podia escutar apenas o silêncio.

Como vos disse não liguei muito, até que há uns dias, ia eu sair para comprar pão (sempre consegui as carcaças de forno de lenha Heimdal!!!), quando apercebi-me da gravidade do assunto. Estava eu a ouvir a minha musiquita (Fates Warning, penso...) e pensei para mim mesmo: "deixa cá baixar o volume dos fones que isto faz-me mal aos ouvidos", assim ia a fazer, mas mal desci as escadas do meu prédio que fazem ligação à estrada de Benfica, apercebi-me que o volume da música não iria ser em muito reduzido: passa um autocarro e a música, que inicialmente me fazia doer os ouvidos, foi completamente abafado. O ruído dos carros a passar faziam com que os sons emitidos pelos meus fones fossem quase imperceptíveis.

Uns dias após o sucedido, resolvi fazer a seguinte Experiência: liguei o AVLS (controlo do volume para não danificar os ouvidos) do meu Discman e prossegui com o meu dia normal sem o desligar. Registo de resultados: apenas me foi possível percepcionar decentemente a música em cerca de 33% do tempo decorrido em: percurso para a escola (constituído principalmente pela Estrada de Benfica), intervalos da escola (nos quais mal entrava no pavilhão central da D. Pedro V, os belos dos Ozone monopolizavam as ondas sonoras) e finalmente percurso de regresso a casa (com menos movimento a Estrada de Benfica não era tão ruidosa como de manhã, mas continuava a ter períodos de imprecepção completa da música). Interpretação de Resultados: vou ter que estudar o assunto para descobrir se o dano provocado pela utilização de fones é simplesmente devida à proximidade aos ouvidos ou pela intensidade de ondas recebidas pelos ditos. Se esta última hipótese se verificar, então tenho a dizer que: "O problema dos putos serem surdos não é dos fones mas sim da porra da poluição sonora a que estão expostos todos os dias". Conclusão: 1.É aconselhável, a todos os indivíduos que frequentam os locais alvo do estudo, que comecem a utilizar aquelas protecções auditivas utilizadas pelos operários das máquinas fabris, sob o risco de quando chegarem a idades avançadas, a incidência de surdez na população seja superior à média neste grupo de indivíduos (digam lá Sue e Heimdal, não era fixe ver o pessoal todo do central com umas cenas vermelhas na cabeça?) 2.Após estudado o fenómeno, conclui-se que o Rock não é porra nenhuma poluição sonora!!!. Criticas à experiência: rigor cientifico perto da nulidade :P. Sério desrespeito por parte da empresa de transportes públicos Carris ao álbum "In Absentia" de Porcupine Tree.

P.S. - Perdoem-me o longo período sem publicar nada no blog, mas a semana passada foi complicada em termos de tempo para me dedicar a estas práticas, esta pelo menos não tenho testes hehe!!

Abraços para todos [[[]]]

Friday, January 21, 2005

Hukuo

O tema sobre o qual eu venho falar se calhar já vem um bocado fora de tempo, uma vez que a China tem vindo a abandonar este sistema de uma forma lenta, mas progressiva, desde 2001. Mas o principal objectivo do post é proporcionar um tema de reflexão sobre a liberdade e sobre diferentes condições sociais, as quais nós não estamos habituados.

O sistema Hukuo foi implantado na China em 1958. Nesta data a China passava por um processo de reestruturação e criação do seu governo comunista dominado por Mao Tsé-Tung. Este sistema foi criado para impedir o sobre povoamento das cidades em contraposição à desertificação das zonas rurais.

Mas em que é que consiste o sistema Hukuo? Segundo esta política todos os chineses possuíam documentos que os classificavam como cidadãos “rurais” ou cidadãos “urbanos”. Para receber quaisquer benefícios proporcionados pelo estado, tais como educação ou certos tipos de permissões de emprego, os cidadãos tinham que estar registados nessa área urbana ou rural.

Analisando a questão, esta lei tornava (e ainda torna, embora numa escala menor) as populações quase como prisioneiras da sua região. As pessoas que nasciam em certo sítio permaneciam ligadas a essa localidade e era extremamente complicado mudar-se para outra zona, uma vez que não teria direito a educação, saúde nem conseguiriam arranjar um emprego nessa zona, visto que necessitavam de uma permissão. No entanto o que aconteceria se não tivesse sido adoptada esta politica? Provavelmente, a meu ver, o sucesso económico alcançado pela China teria sido seriamente comprometido.
Sem o Hukuo teria sido difícil evitar o tal exsudo rural, e consequentemente um desequilíbrio no que diz respeito à economia do país. Basta observar o que acontece actualmente em África, onde a migração para as cidades tomou dimensões incomportáveis. O resultado é facilmente observável nas ruas da maioria das cidades da África Sub-Saariana, onde se observam as condições precárias em que se encontra a maior parte da população, sem emprego ou com situações de trabalho inimagináveis para um europeu (por exemplo: um arrumador de carros para cada três lugres de um parque de estacionamento, ou um assistente para cada uma das 12 bombas de gasolina de um posto automóvel), estas pessoas não têm abrigo, condições de higiene nem comida para alimentar as suas famílias.

Na China actual existe uma grande discrepância no que diz respeito à qualidade de vida nas cidades e nas zonas rurais, o que gera um certo conflito social. É um bocado difícil avaliar a “dignidade” do sistema Hukuo, mas penso que, hoje, a generalidade da população chinesa beneficiou com esta medida (como é obvio a urbana mais que a rural, sem dúvida). Por vezes, a meu ver, são necessárias medidas menos populistas para um bem comum, é necessária uma certa restrição da liberdade de cada um para que não se gere um ambiente anárquico, que em termos gerais, por mais (idiota ou) idealista que se seja, temos que admitir, apenas traria malefícios à generalidade da população.

Comentem, dêem a vossa opinião sobre este assunto. Despeço-me e peço desculpas, novamente, se tiver abordado este assunto de uma forma que considerem maçuda.