Thursday, January 25, 2007

...por aquilo que nunca saberemos.

Falta um pouco de maturidade, sanidade e serenidade.

A ambição, a de querer responder a questões que muito provavelmente nunca ninguém o irá conseguir fazer com total conhecimento de causa, essa não me perturba, apenas chateia.

No entanto incomoda-me ter a noção de que o mais certo é toda a humanidade persistir, procriar e, também, provavelmente, declinar sem nunca ser capaz de dar resposta a essas mesmas questões.

Pode ser que não tenham mesmo resposta. Pode ser que sejam apenas mais um dos caprichos da mente humana, mais um daqueles que nos dão uma certa vantagem evolutiva e nos fazem prosperar (esperemos que não extinguir) como espécie.

O que é facto é que temos conseguido, de maneira mais ou menos barbara, criar coisas, crianças (também fazê-las crescer, convém), até mesmo alcançar algum conhecimento mais nobre ou expressar alguns sentimentos mais sublimes, continuando sem dar resposta a tais questões que tantos filósofos levantaram. Às vezes sou tentado a pensar que tudo isto é uma questão de “juventude”, pois a sociedade geral (predominantemente adulta, digo eu...) não parece de facto minimamente interessada em responder ao que tenho vindo a falar, e já agora, que tais filósofos são apenas uma minoria presa a devaneios (infantis, se quisermos continuar em tal maré).

Mas como tenho dito, a vida prática da sociedade não parece ser minimamente perturbada pela ignorância, e se calhar não deveria também eu o ser. (Calma, eu tinha dito que não estava perturbado... chutemos então a coerência p’rás ortigas!) Isto de viver à espera de conseguir miraculosamente encontrar algures uma Resposta não parece muito viável a longo prazo... Mas adiemos então por mais um pouco uma viragem no paradigma de comportamento e tenhamos mais um pouco de esperança. Afinal sempre podemos pensar sobre o Amor, sempre é alguma coisa. No entanto não nos podemos esquecer de considerar a possibilidade de Ele só existir porque nos faz ter criancinhas (não se esqueçam da vantagem evolutiva que isso representa!).


Despeço-me, vou estudar para depois conseguir criar coisas, com sorte algum conhecimento mais nobre ou melhorar a capacidade de exprimir sentimentos, escolha-se uma das opções consoante aquilo que estude.


Beijos e abraços (os respectivos aos destinatários socialmente impostos).

P.S.- Pode-se ler “crianças” com um significado mais perto de “família”, mas por leviandade adoptou-se o primeiro termo. Perdoem-me mas não tenho cabeça nem tempo para reler isto tudo...