Monday, March 26, 2007

Sob os Candeeiros

Parque, cercado por prédios, iluminado por candeeiros eléctricos.

Observa, aparece.
O caminho e as luzes.
Vermes eloquentes,
Banidos pela claridade.

Fadas etéreas
Fundidas com metal,
Incandescência deslumbrante
Ignorada pelos iluminados
Cercados por betão.

Os iluminófilos,
Esses, sedentos por calor,
Acompanham-se de escadas
Limitadas por natureza,
Frágeis e Icarianas,
Fundidas em condescendência.


6:00 A.M. 25/03/2007

6 Comments:

Blogger marta said...

estou a começar a deixar de ignorar essa incandescência deslumbrante..estou a começar a optar pela segurança e mediocridade que a acompanha..talvez seja o melhor..gostei mt do post marcoletti mas n te consigo dizer muito mais que isto..admiro a tua permanencia nesse estado de certeza que tudo vale a pena.. bjinho

8:36 PM  
Blogger Teresa Rodrigues said...

nada fácil de comentar... porque no fundo todos nos encontramos no parque, com mais ou menso consciencia disso... porem a claridade, e a luz as vezes assustam, e nem sempre nos levam pelo caminho mais fácil...no fundo no fundo, sempre no mesmo, tudo uma questao de sinceridade, coerência, e cosciencia para connosco!!
muito fix avÔ=)**

2:16 PM  
Blogger Susana said...

já não é a 1ª vez que li este post, mas às vezes prefiro não comentar poemas para evitar citar e enumerar clichés... Tenho um post novo, portanto não te queixes e vai dar um olá ao meu blog!

1:52 PM  
Anonymous Anonymous said...

nao está de todo relacionado com o post...mas há certos momentos em que um conjunto de factores trazem recordações..boas recordações!
o simples dormitar sobre a relva, ou num mundo de areia pintado de azul...o prazer de comer um pedaço de ternura com um pozinho de canela e de beber 2 cm da mais leve espuma =P
não é presunção...mais do que supor, acredito que estas recordações também não te deixaram!o que me deixa deveras contente :D
agora acabou a lamechice que há reputações a manter.

"Of where we would be when the future comes And how you would paint while I wrote my songs

Strange how you never become The person you see when you're young"

bjts prrr***

9:45 PM  
Blogger Ana Jones said...

o meu comentário é simples:

este blogue morreu ou que?!!!!!!!!

quero textos!!!!!

façam qualquer coisa!!!

estou a ressacar!!!!

:P:P

3:23 AM  
Anonymous Anonymous said...

Tentei ouvi-las outra vez. Todas aquelas canções que reciclaste para ouvirmos juntos... Parece-me que o fiz várias vezes mas não posso ter a certeza. Tentei lembrar-me, talvez chorar mas não consegui. A memória esbate-se e o tempo adormece-te em mim...
Ardes ainda ou talvez não, talvez sejam apenas memórias romantizadas, momentos que arranquei do tempo e de nós e canonizei, procurando uma verdade, um sentido naquilo que provavelmente foi um capricho fortuito de um destino em que não acredito...
Voltei há meses a uma solidão cíclica, uma verdade constante interrompida a espaços pela ilusão do querer acreditar, do não querer ver que nos usamos sem saber, de um "nós" que inventamos para combater a verdade de que caminhamos sozinhos agora e sempre porque não nos sabemos dar.
Sinto-te uma ferida, cicatriz tatuada na pele para sempre e não te quero bem. Não te quero. Desejo-te como a uma droga, quero que me procures, que te lembres, que fique tudo bem. Mas nunca esteve tudo bem. Nunca me viste. Não sabes quem sou.
Ficarei para sempre uma memória terna em ti. Lembrar-te-às de mim com ternura. Pois em mim serás apenas mais um cancro, podre dentro de mim para que não me esqueça do erro que foste. Semearás destruição por onde passares, nunca vais encontrar paz. Estás condenada a seguir a mesma estrada eternamente nunca olhando para ti, culpando demónios que criaste pelo mal que semeias, sem perceber que esse inferno está em ti, procurando liberdade nas prisões que crias para TI.
És e serás uma criança. Ninguém pode mudar isso.
Obrigado.

7:13 AM  

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